
Memórias de um pensamento vazio
sábado, 13 de novembro de 2010
Noite fria

quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Amor de asas
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Diário de um anjo
quarta-feira, 27 de maio de 2009
With my eyes closed
O tempo havia parado. As outras milhares de pessoas não importavam mais. O caminhão parecia não fazer barulho algum. Tudo se calava com o teu sorriso, você me hipnotizava com o teu olhar, me estremecia (E cooomo estremecia) com tuas provocações. Minhas pernas tremiam e minhas mãos te abraçavam com a intenção de te agarrar e não te deixar partir.
Talvez minhas palavras já não te acertem como antes, talvez meu cheiro tenha se perdido pelo ar, talvez eu não consiga te fazer estremecer, sorrir, acelerar teu coração como antes, talvez existam outras palavras, talvez tudo ainda esteja entrelaçado nas muitas dúvidas que te cercam. Talvez. Posso te levar de balão lá pro alto, bem ao lado das estrelas, onde possa segurar forte na tua mão, olhar bem pros teus olhos e te dizer: Você é linda.
Faria questão de te provar todos os dias o quanto isso é verdade.
Abro meus olhos, leio e releio todos os seus textos, sei que muitos podem ter perdido o sentido, que muitos podem ter perdido a intensidade. Prefiro acreditar que todos ainda estão repletos de você, que todos ainda tem a assinatura do seu coração.
Tu calas tudo ao meu redor pra te ver passar. Tu moras no meu pensamento o dia inteiro, em toda música, todo texto, toda foto, em tudo e todos. Talvez tudo ainda tenha vestigios da últimas pintura naqueles velhos tons pastéis, mas meus dedos irriquietos não sabem dizer ao certo, nem o meu acelerado coração.
Sentado, tento te trazer com a força do pensamento. Olho pra tela como se pudesse realmente ser capaz de te trazer aqui. Não sei se te trazer seria o bastante. Mas, por você, sou capaz de fazer o que for preciso pra te reconquistar, pra te fazer ter a certeza que te falta. Basta fechar os olhos e relembrar mais uma vez o quão perfeito foi aquela noite só eu e você.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
A tua espera
Andando pelos jardins dos meus confusos pensamentos, me deparo mais uma vez com ela. Sentada no mesmo banco, como se esperasse uma resposta do céu, como se o tempo tivesse parado e ela ainda estivesse no mesmo transe que ambos entramos quando estamos juntos. Diferente dos outros dias, paro, me escondo por trás de uma das árvores e apenas observo.
Cabelos longos, um olhar penetrante e despretensioso ao mesmo tempo, um sorriso totalmente encantador. Mãos trêmulas e agitadas, a covinha do lado esquerdo do rosto saltada mais do que nunca. O corpo de mulher e o sorriso sincero de uma garota.
Já não conseguia prestar atenção nas minhas ações que, por muitas vezes, soavam como um ogro, mesmo que a intenção fosse a de um coração puro. Parecia que a ansiedade tomara boa parte de meu corpo.
Decidi me aproximar. Sabia que talvez nunca fossemos ficar juntos, mas desistir antes mesmo de demonstrar o que sentia por ela não era de meu feitio. Escolhi a melhor das rosas de meu campo, mesmo sabendo que não seria o bastante pra ela. Pensei em tudo o que queria dizer, mesmo sabendo que tudo ainda era pouco perante tudo o que ela representava pra mim.
Tremi. Minhas mãos suavam e meu coração batia acelerado. Era assim todas as vezes em que brigávamos, era assim toda vez que eu desconfiava de algo. Já não importava. Ela valia cada gota, cada batimento. Ela já era tudo o que mais me importava. Eu tinha a certeza que era com ela que eu queria dividir todo o meu jardim.
Eu sabia que com ela, ele não seria mais composto de confusos pensamentos, pois ela carregava no bolso, todas as chaves necessárias pra destrancar as minhas problemáticas portas.
Respirei fundo, caminhei a passos largos, decidido a enfrentar o que fosse preciso. O sol brilhava, enquanto lembrava de todas as manhãs que acordei com ela ao meu lado em pensamento, de todos os quase beijos, de todos os abraços apertados e cafunés. Tudo passou rápido, como um curta-metragem diante dos meus olhos.
Vestia a velha bermuda xadrez e a típica camiseta preta, numa mão uma rosa branca, na outra toda a minha insegurança. Cheguei bem perto, me ajoelhei, olhei bem no fundo dos olhos, a peguei no queixo e dei um beijo em sua bochecha corada do sol que pegara toda à tarde em meu jardim.
Torcia pra não acordar jamais e, antes que tudo evaporasse, pedi que ela sentasse comigo ao pé de uma árvore. Ela tinha um olhar confuso e coração acelerado. Segurei bem forte na mão dela e disse que tudo daria certo, que ela podia confiar em mim, que ela não mais precisaria ter medo de olhar pra trás e me ver partir. Era ao lado dela que eu queria estar, era com ela que eu queria estar todas as noites, dias, tardes, era dela que eu esperava o sim.
Fechei os olhos. Acreditando que, ao abri-los, ela ainda estaria ao meu lado, segurando forte minha mão e, sorridente, apenas me diria, sim.
sábado, 11 de abril de 2009
Estranho você
A noite cai e nós deitamos, ambos imaginando como seria se estivéssemos juntos. O seu cheiro domina o meu quarto vazio, suas mãos parecem deslizar sobre o meu corpo e eu sinto como se eu fosse capaz de tocá-la. Fecho os olhos enquanto anseio que o sol traga consigo um novo dia, traga consigo você, por mais uma vez.
Todas as palavras parecem não bastar, todas as caretas nem conseguem disfarçar mais, o sorriso tímido de canto é tudo que consigo dar, pois na tua frente tudo muda, tudo parece parar. Estranho, não?! Bom, então esse é o estranho mais maravilhoso que eu já senti.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Felicidade verdadeira
Remoendo-se em pensamentos, relâmpegos começam a soar e o céu, já escuro, começa a se tornar cada vez mais ameaçador. As nuvens tampam a pouca luz que a lua ainda insistia em lhe oferecer. Seu coração aperta ao ver sua casa ao longe e, então, ele fecha os olhos com toda a força que lhe sobra, esperando que tudo possa acabar ao abrir seus olhos, que tudo não teria passado de um grande pesadelo.
Uma pequena gota de chuva toca seu rosto. Ele abre os olhos assustado e começa a correr desesperadamente, percebera que tudo era real. A chuva aperta, assim como seus passos, cada vez mais próximos de chegar em casa.
Enquanto corre, já ensopado pela forte chuva, seus pensamentos aceleram na mesma velocidade de seu pés e, antes que ele pudesse organizar sua confusa cabeça, finalmente chega em casa. Abre a porta, joga seus sapatos no canto e corre para se enxugar sem que percebam a grande bagunça que já faz ao caminhar pela casa.
Sobe apressado as escadas, escancara a porta de seu quarto e corre em direção a sua mesa repleta de cartas, flores e fotos. Cansado, cai ao chão de joelhos e começa a espalhar todas as cartas, enquanto seu rosto se encharca novamente, dessa vez repleto de lágrimas. Suas lembranças, emoções, sentimentos, todos estavam destruídos em meio aos papéis jogados, toda a história teria sido em vão, pois não mais era real, não mais era plena, pelo menos não para ele.
Um breve silêncio se faz, o céu se acalma, as lágrimas secam e, ao respirar fundo mais uma vez, agora sim, se sente preparado para seguir em frente. Não mais confuso, não mais com medo, ele se levanta e pega um retrato dela, guardado no fundo da terceira gaveta. Abre um tímido sorriso, guarda o retrato novamente e, enquanto enxuga suas lágrimas, finalmente consegue compreender que a felicidade que tanto buscou, não era ao lado dela, mas sim, a que estava escondida atrás do sorriso sincero que ela sempre o deu, mesmo que esse fosse a distância, a mesma em qual se encontram hoje.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Rumo ao horizonte
Seu olhar era amedrontado, sua boca tremia e sussurrava pequenas palavras com a esperança que o pudessem escutar. Envolto no frio que o medo lhe impunha, ele ainda tentava se aquecer com a memória de todos os abraços calorosos que sentiu outrora.
Talvez, se ele soubesse que aquela fora sua última despedida, não teria sido tão seco, não reservaria palavras e sentimentos, não teria se entregado pela metade, não teria dado aquele tchau sem graça enquanto corria com pressa para qualquer que fosse seu compromisso. Talvez se tivesse o dom de prever a vida, ao menos uma vez, teria dado a importância e valor que aqueles momentos e pessoas mereciam, tal como se fossem os últimos.
E então, ele se vira e olha para trás. Seus lábios já estão sedentos de água, suas pernas cansadas de tanto caminhar e, pela primeira vez, ele sente a vida pesar em suas costas. Suas pegadas estão quase ilegíveis e sua memória falha ao tentar relembrar todos os bons momentos vividos em sua história.
Seus olhos enchem de lágrima e, como se já tivesse plena consciência de seu destino, ele abre um grande e lindo sorriso. Seu coração acelera, ele começa a sentir um calor familiar, até que ele se sente seguro para fechar os olhos, respirar fundo e, ao se virar de volta, seguir o seu caminho rumo ao horizonte.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Chuva de saudade
Viro e reviro, impaciente por ver você dominando todos os meus sonhos, por ter que ver você só nos meus sonhos, pois sei que me ver ao teu lado está longe da realidade que nos encontramos hoje.