terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Felicidade verdadeira

Depois de permanecer horas sentado no banco da praça, respirou fundo, tomou coragem e levantou, seguindo de volta pra casa. Andava com sua cabeça em total conflito. Todo aquele tempo tentando esquecê-la, tentando estar, pelo menos, um pouco mais longe de tudo o que o fazia relembrar da sua história, parecia ter sido em vão.

Remoendo-se em pensamentos, relâmpegos começam a soar e o céu, já escuro, começa a se tornar cada vez mais ameaçador. As nuvens tampam a pouca luz que a lua ainda insistia em lhe oferecer. Seu coração aperta ao ver sua casa ao longe e, então, ele fecha os olhos com toda a força que lhe sobra, esperando que tudo possa acabar ao abrir seus olhos, que tudo não teria passado de um grande pesadelo.

Uma pequena gota de chuva toca seu rosto. Ele abre os olhos assustado e começa a correr desesperadamente, percebera que tudo era real. A chuva aperta, assim como seus passos, cada vez mais próximos de chegar em casa.

Enquanto corre, já ensopado pela forte chuva, seus pensamentos aceleram na mesma velocidade de seu pés e, antes que ele pudesse organizar sua confusa cabeça, finalmente chega em casa. Abre a porta, joga seus sapatos no canto e corre para se enxugar sem que percebam a grande bagunça que já faz ao caminhar pela casa.

Sobe apressado as escadas, escancara a porta de seu quarto e corre em direção a sua mesa repleta de cartas, flores e fotos. Cansado, cai ao chão de joelhos e começa a espalhar todas as cartas, enquanto seu rosto se encharca novamente, dessa vez repleto de lágrimas. Suas lembranças, emoções, sentimentos, todos estavam destruídos em meio aos papéis jogados, toda a história teria sido em vão, pois não mais era real, não mais era plena, pelo menos não para ele.

Um breve silêncio se faz, o céu se acalma, as lágrimas secam e, ao respirar fundo mais uma vez, agora sim, se sente preparado para seguir em frente. Não mais confuso, não mais com medo, ele se levanta e pega um retrato dela, guardado no fundo da terceira gaveta. Abre um tímido sorriso, guarda o retrato novamente e, enquanto enxuga suas lágrimas, finalmente consegue compreender que a felicidade que tanto buscou, não era ao lado dela, mas sim, a que estava escondida atrás do sorriso sincero que ela sempre o deu, mesmo que esse fosse a distância, a mesma em qual se encontram hoje.

6 comentários:

Anônimo disse...

Olha eu, frequentadora assidua =D
Lindo o texto, como todos os outros, e que com certeza como todos aqueles que estao por vir. Nao deixa o blog abandonado, vc tem talento =)
Beijos da sua amiga mais linda, mais legal e que vc mais gosta .. aheiuhaiuehaue :]

Anônimo disse...

O texto maravilhoso!!!:)

Continue atualizando o blog, pois vc escreve com o coração!!!!

Beijos =** ,)

Nathy disse...

Olá! Achei seu blog na comunidade "Gosto de escrever o que sinto". Não li tudo, mas não pude deixar de comentar. Suas palavras são lindas. O texto que você fala dos gestos simples é muito verdadeiro e lindo! O título do texto é: "O segredo das coisas bobas". Adorei! Parabéns pelas belas palavras. Beijos.

Anônimo disse...

Ahhh que texto lindooo meu...
adorei, sério!!!
Parabéns Jornalista!!
é isso ai neguinho
beijos mister Make

Santuário de Nossa Senhora do Carmo e Adoração Perpétua do Carmo disse...

Olá
Estamos entrando também na era dos blogs, pois é muito importante aproveitar todas as ferramentas para espalhar o bem! Adoramos o blog...venha conhecer o nosso:

www.conventodocarmo-santos.blogspot.com

Unknown disse...

ATUALIZAAA